Carolina Lucas e Jamil Kitoko - integrantes do grupo de pesquisa do Prof. Marcelo Torres Bozza do Departamento de Imunologia, Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG), junto com colaboradores do Departamento de Virologia (IMPG), do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Faculdade de Farmácia e da Universidade de Yale descreveram o papel crucial das células T CD4+ na resistência à infecção primária com o vírus da Zika assim como na proteção ao desafio heterólogo com o vírus da Zika utilizando um modelo de transferência adotiva de células em camundongos.
Os resultados da pesquisa mostram que a proteção mediada pelas células T CD4+ requer a sinalização por IFNg, a ativação de células T CD8+ e a presença de anticorpos neutralizantes. Dessa forma, a ativação eficaz da reposta imune adaptativa frente à infecção com o vírus da Zika contribui para o controle do número de partículas virais no cérebro, restringindo os danos cerebrais da infecção e resultando na sobrevivência dos camundongos. Os resultados obtidos na pesquisa destacam o papel central das células T CD4+ no curso da infecção pelo vírus da Zika, o qual deverá ser levado em consideração no processo de desenvolvimento de vacinas que visem combater o vírus de modo eficaz.